Tarot e seus mistérios


As cartas de tarot surgiram entre os séculos XV e XVI no norte da Itália, e foram criadas para um jogo de mesmo nome, que era jogado pelos nobres e pelos senhores das casas mais tradicionais da Europa continental. 
tarô (também conhecido como tarottarocchitarock e outros nomes semelhantes) tem o significado de mistérios e é caracteristicamente um conjunto de setenta e oito cartas composto por vinte e um trunfos, um Curinga e quatro conjuntos de naipes com quatorze cartas cada — dez cartas numeradas e quatro figuras (uma a mais por naipe que o baralho lusófono).
As cartas de tarô são muito usadas na Europa em jogos de cartas, como o Tarocchini italiano e o Tarô francês. Nos países lusófonos, onde esse jogo é bastante desconhecido, as cartas de tarô são usadas principalmente para uso divinatórios, para o qual os trunfos e o curinga são conhecidos como arcanos maiores e as cinquenta e seis cartas de naipe são arcanos menores. Os significados divinatórios são derivados principalmente da Cabala — vertente mística do judaísmo — e da alquimia medieval.
O termo arcano, palavra que significa "mistérios ou segredos a serem desvendados" e foi incorporada pelos ocultistas do século XIX.
Atualmente, o Tarot obtém expressão nas mais diversas áreas, sendo um instrumento de estudo e uso até pela Psicologia. Carl Gustav Jung, renomado psicólogo do século XX, falou em Arquétipo (imagens arcaicas), imagens da memória coletiva ancestral que estão dentro de nossos inconscientes e que podem ser ativadas por determinado Símbolo, que revigora e traz à tona toda a carga emocional que a imagem possui em si e que nos toca profundamente. As cartas do Tarot são vistas então como ilustrações sobre os anseios da alma humana, uma espécie de história em quadrinhos sobre os nossos dramas.
Sendo um jogo de cartas, sem dúvida, dos mais antigos, apresenta um mundo de símbolos. Não se pode duvidar do seu ensinamento esotérico, mais ou menos secretamente transmitido ao longo dos séculos. 
Desde Court de Gébelin que, no século XVIII, apaixonou-se por sua interpretação, as mais diversas teorias foram propostas. Que tenha vindo da China, da Índia, do Egito; que seja obra do próprio Tot-Hermes Trismegisto, dos boêmios, dos alquimistas, dos cabalistas, ou de um homem, o mais sábio dos sábios.  
O Tarot, na verdade, apresenta uma iconografia nitidamente medieval, misturada a símbolos cristãos. 

Na sua forma mais tradicional, a do Tarô de Marselha, o jogo compõe-se de 78 cartas

56 arcanos menores e 22 arcanos maiores. Numerologicamente analisando, nota-se que o número vinte e dois é o número das letras hebraicas que, segundo a cabala, apresentam o Universo. Esse número, no tarot, é feito de vinte e um arcanos numerados e do Louco: o número vinte e um, ou seja, três vezes sete, é o da perfeição humana, a representação do Arcano 21, O Mundo. 

Sobre os 56 arcanos menores, notem que constituem quatro grupos, resepresentados por quatro colunas de quatorze cartas, que nada mais nada menos correspondem aos quatro naipes dos jogos de cartas.

Totaliza-se  setenta e oito arcanos, o total do jogo de Tarot.  Secretamente, esse livro da Vida que se apresenta como um jogo, contém a substância somada do número que estrutura tanto o universo quanto o pensamento. Todas as cartas são vivamente coloridas e simbólicas em seu teor.

Os caminhos iniciáticos
Os Arcanos Maiores configuram os são caminhos iniciáticos, cujas etapas foram interpretadas de inúmeras formas. Apresentam-se como a quintessência do hermetismo, como os Altos Graus colocados acima da massa anônima.
São estudados em detalhe sob o nome de cada carta:

I. O Mago.
II. A Sacerdotisa (a Papisa).
III. A Imperatriz.
IV. O Imperador.
V. O Papa.
VI. O Enamorado.
VII. O Carro.
VIII. A Justiça.
IX. O Eremita.
X. A Roda da Fortuna.
XI. A Força.
XII. O Enforcado.
XIII. A Morte (arcano sem nome).
XIV. A Temperança.
XV. O Diabo.
XVI. A Torre Fulminada (
habitação divina).
XVII. A Estrela.
XVIII. A Lua.
XIX. O Sol.
XX. O Julgamento (o Juízo final).
XXI. O Mundo.
e o arcano sem número, O Louco.
Veremos detalhadamente, em outro post a análise e significado de cada Arcano.


A Cabalah e o Tarot

Varias observações se impõem, segundo os cabalistas que estudaram o Tarot. Há o mesmo número de arcanos maiores e de letras no alfabeto hebreu. Esse número é exatamente o das vinte e duas vias da sabedoria, dos canais intersefiróticos que reúnem, entre si, os dez Sefiroths, os sublimes princípios metafísicos da cabala judaica.
Os próprios Sefiroths, atributos místicos de Deus, desenvolvem-se sob forma de trindades, nas quais dois extremos são unidos por um termo médio. E eles correspondem ao sentido simbólico das cartas: ao Mago, causa e ponto de partida de todas as coisas, corresponde a Coroa sefirótica; á Sacerdotisa, a Sabedoria; á Imperatriz*, a Inteligência; ao Imperador, a Grandeza e a Misericórdia; ao Papa, o Rigor e o Julgamento; ao Enamorado, a Beleza; ao Carro, a Vitória; á Justiça, a Glória; ao Eremita, o fundamento; e á Roda da Fortuna, que representa o turbilhão involutivo, o Reino Como há correspondências entre todas as cartas, é possível desenvolver todo um simbolismo cabalístico do tarô a partir daí, pois, na cadeia que contém os diferentes graus da essência, tudo é magicamente ligado.











Nenhum comentário:

Postar um comentário