"A Roda da Fortuna pede que se conscientize de que o mundo não esta contra si, as energias cósmicas do universo devem ser avaliadas para que consiga entender as situações que o rodeiam. As situações nem sempre serão como você deseja, o universo tem as suas próprias razões e caminhos."
A vida segue e a sorte nem sempre será ao seu favor, nem sempre será contra você.
De significado vasto e cabalístico, vislumbramos vertentes múltiplas para análise da "Roda da Fortuna"
Sua simbologia remete ao destino, reflexão. Tudo acontece ao seu tempo.
Todos nós sabemos que a roda da fortuna representa as situações de mudanças em nossa vida. Essas mudanças nos fazem sair de uma rotina que faz com que a vida tenha pouco gosto e variedades. Ora, a roda da fortuna vem trazer as novidades, as surpresas e assim trazendo um novo gosto para nossa vida.
A roda da fortuna representa a garantia de cumprimento de um destino, representado pela lei de causa e efeito e também pela lei da compensação. Tudo leva a crer que de um jeito ou de outro o destino de uma pessoa será cumprido.
Na Mitologia grega, "A Roda da Fortuna" é o tear das Moiras, Cloto, Láqueis e Átropos - as três Moiras, que são as Deusas do Destino na antiga Grécia que fiavam, teciam e cortavam o fio da vida. Trata-se de uma metáfora dos processos de nascimento, crescimento e desenvolvimento, e desencarne. O fio da vida na roca do destino.
Fortuna quer dizer sorte, destino e não fortuna material. O que faz da Roda da Fortuna uma metáfora para as mudanças do destino, o que sobe acaba descendo e o que desce acaba subindo. Em uma leitura de tarot, significaria que as coisas mudam e seguem um rumo natural com ou sem a intervenção do consulente.
No Tarot, representada pelo Arcano 10 chama-se cabalisticamente Reino ou Centro Vital, chama-se Raiz de todas as Leis da Natureza e do Cosmos. A Roda da Fortuna é um símbolo de uma força inexorável na vida que parece operar além do nosso controle e com a qual teremos todos de chegar a um acordo. Nosso foco vai da íntima contemplação da iluminação pessoal ao panorama mais amplo dos princípios universais, culminando na questão central do destino contra o livre-arbítrio, tal como é apresentada pela Roda da Fortuna.
Na linguagem astrológica, temos na Roda da Fortuna a interpretação do ponto de felicidade e personalidade no mapa astral, caractericado pelos pontos Ascendnete, Lua e Sol. Menciona-se "Parte da fortuna" é um ponto muito especial que tem a ver com a força da fase lunar em que se nasce e a força do Ascendente.
Carmicamente falando, a Roda da Fortuna, é um dos pontos mais importantes do mapa astrológico natal, onde representa a busca inconsciente do indivíduo em harmonizar seus desejos sinceros com sua alma. è uma bússula de direcioanmento na vida, onde os levará a experimentar alegrias e a plenitude do ser.
Na Cabalah, a Roda da Fortuna remete a Retribuição.
O arcano nº.10 é a Roda do Samsara, a roda cosmogônica de Ezequiel. Nesta roda encontramos o batalhar das antíteses. Nesta roda encerra-se todo o segredo da Árvore do Conhecimento.
É a roda dos séculos, na trágica roda a qual é a antiga lei do Eterno retorno, é lógico que esta lei esteja intimamente ligada com a lei de Recorrência, quer dizer, tudo volta a ocorrer tal como sucedeu acrescido das consequências, boas ou más; os mesmos dramas repetem-se; a isto chama-se Carma.
Na Árvore da Vida, representa a Sephirot Malchuth: O Universo inteiro, Maria ou Virgem. A Natureza.
O Arcano X é tamém a 1ª Hora de Apolônio: Estudo Transcendental do Ocultismo.
Na Cabalah hebraica, representada pela letra “Iod”, que traduz bons negócios. Mudanças.
No Budismo Tibetano, portanto, é a perpétua repetição do nascimento e morte, desde o passado até o presente e o futuro, através dos seis ilusórios reinos: Inferno, dos Fantasmas Famintos, dos Animais, Asura ou Demônios Belicosos, Ser humano, dos Deuses e da Bem-Aventurança. A menos que se adquira a perfeita sabedoria, ou seja, iluminado, não se poderá escapar desta roda da transmigração, ou Roda da Samsara. Aqueles que estão livres desta roda de transmigração são considerados lamas, iluminados (ou budas, em sânscrito).
Sendo a A Roda da Fortuna a simbologia dos ciclos sucessivos da vida humana, como o movimento de ascensão e de queda. Assim como os pares de opostos presentes na existência humana como o bem e o mal, alegria e tristeza, vida e morte, o negativo e o positivo.
Denota movimento, de mudança brusca de vida. Mudança essa desconhecida pelo sujeito.
Portanto, esse arquétipo vem nos lembrar que nós não possuímos controle sobre tudo em nossas vidas e muitas vidas uma tragédia nos acomete sem nenhuma explicação. É simplesmente o destino. Estamos na posição mais baixa da roda.
Para o ego, acostumado a buscar explicações para tudo, é extremamente desconfortável admitir isso, pois somente nos damos conta de sua atuação por meio dos elementos externos, que chamamos de destino.
Esse arquétipo, portanto, nos remete à vivência de um outro que mora dentro de nós e que escolhe ir em direção a várias situações, pessoas e caminhos.
Aceitar esse outro e lembrar que ele faz parte de nós mesmos nos trará paz mediante as mudanças súbitas que se configurarão em nossas vidas. Afinal o destino não vem ao nosso encontro, somos nós que vamos ao encontro dele!